sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Crise Capitalista e Regimes Totalitários

Terminada a Primeira Guerra Mundial, a economia dos Estados Unidos tornou-se a mais poderosa do mundo. Em 1920, sua indústria era responsável por quase 50% de toda a produção fabril do planeta. A produtividade agrícola também havia aumentado devido à mecanização e ao fornecimento de energia elétrica para o meio rural.


Durante a Primeira Guerra Mundial, os agricultores estadunidenses puderam exportar grandes quantidades de seus produtos. Porém , com a situação normalizada após a guerra, boa parte deles enfrentou problemas, essa crise levou à falência milhares de fazendeiros, pequenos e médios agricultores, situação que se prolongou até o começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939.

Nesse mesmo período, a indústria estadunidense tornou-se mais forte em decorrência da ação (ou expansão) dos oligopólios, ou seja, poucos produtores dominavam grandes setores industriais, comprando seus concorrentes e determinando os preços das mercadorias. Esse processo já tinha começado no final do século XIX.

Crédito pessoal e muita publicidade também foram itens importantes no processo de mudança dos costumes e implantação do American way of life. Enquanto a publicidade incentivava as pessoas a consumirem, a possibilidade de comprar a crédito estimulava esse consumismo. Para se ter uma ideia, seis em cada dez automóveis comprados nos Estados Unidos em 1927 foram pagos em parcelas.

O uso de modernas tecnologias também trouxe alterações nos processos industriais, permitindo a produção de mais produtos em menor tempo e, portanto, a custo mais baixo. Mas os trabalhadores tiveram de se submeter a um trabalho repetitivo, em que se cumpriam sempre as mesmas funções ao longo de várias horas por dia.
           

Crise de 1929

Em 1929, a crise econômica que teve início nos E.U.A. se espalhou para outros países do mundo.

Até mais ou menos 1925, as sociedades européias enfrentaram dificuldades para reconstruir o que tinha sido destruído na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o crescimento econômico dos E.U.A. era notável. Seus produtores, cujo território não tinha sido afetado diretamente pela guerra, podiam vender aos europeus, em grandes quantidades, tudo de que precisavam: alimentos, máquinas, combustível e armas.

Pouco tempo após o fim do grande conflito, os europeus iniciaram a reconstrução de sua estrutura produtiva, no campo e nas cidades. Os industriais ingleses, alemães e franceses, por exemplo, modernizaram rapidamente suas linhas de produção. Depois, implantaram uma série de medidas protecionistas e reduziram as implantações dos E.U.A.

Do outro lado do Atlântico, o ritmo da produção estadunidense continuava a aumentar, tanto nas indústrias como na agricultura, levando esses setores a crescerem além das possibilidades de compra dos mercados interno e externo. Com isso, enorme quantidade de mercadorias ficou estocada sem ter compradores, ou seja, ocorreu uma superprodução de bens. Os preços começaram a cair continuamente, mas mesmo assim os produtores estadunidenses não conseguiram exportar seus produtos como antes. Então, agricultores e industriais foram obrigados a reduzir suas atividades, demitindo milhões de trabalhadores.

Em 29 de outubro de 1929, um dos piores dias da crise, ocorreu uma queda vertiginosa das ações na Bolsa de Nova York. As ações perderam quase todo seu valor financeiro, levando centenas de empresas e bancos a falir. Em decorrência da crise, entre 1929 e 1932, a produção industrial nos E.U.A. foi reduzida 54 % e mais de 4 mil bancos fecharam suas portas. O número de homens e mulheres desempregados chegou a mais de 15 milhões nos E.U.A., o que representava um a cada quatro trabalhadores do país.

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